terça-feira, dezembro 28, 2010

O futuro ainda não começou


Mais uma tarde de tédio. Desta vez, a solução era ler jornal mesmo. E, folheando as páginas sem rumo, me deparei com um texto muito sensato, escrito por uma mulher que não vi o nome, que provavelmente eu também não faço a mínima de qual a profissão dela. Só sei que aquelas palavras dispostas numa folha de jornal comum, me conquistaram de tal maneira que até agora, um dia depois de ler, ainda estou maravilhada com tal pensamento. Em poucas e simples palavras, ela dizia que os adolescentes de hoje sofrem. Sofrem porque as são obrigados a conviver com pensamentos do tipo: "no meu tempo, os homens eram mais românticos, não eram tão galinhas e nos respeitavam mais" ou "no meu tempo se fazia música de verdade. não era esse lixo musical" ou "a minha juventude era muito mais divertida. não tinham estas redes sociais para atrapalhar. o 'eu te amo' era dito cara a cara" ou "na minha infância, as brincadeiras não precisavam de energia elétrica e era muito mais divertido". Basta uma destas frases para que um adolescente típico (ou seja, revoltado e insatisfeito com a sociedade atual) sinta-se completamente deslocado na sua geração. De fato, as coisas mudaram. A tecnologia evoluiu, a sociedade tornou-se mais liberal e menos machista, as opções triplicaram e mais uma série de coisas mudaram de tal maneira, que a geração dos nossos pais e avós já não acompanha mais. E por isto sentem-se deslocados. E também, por isto, pensam que o tempo deles era melhor. Sejamos sinceros agora: vocês realmente acham que nós não vamos tirar vantagem com a geração futura, pelas polêmicas histórias do twitter, ou pela diva Lady GaGa, ou até mesmo pelas histórias que nos envergonham hoje, mas que no futuro serão um prato cheio para quem quiser ouvi-las?  

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