Queria que
você sentisse o que sinto. Eu só queria isso. A compreensão tornaria tudo mais
fácil. Se você soubesse como me sinto vendo tanta coisa que eu preferia que não
existissem. O primeiro beijo, o motivo que fez com que durássemos até hoje, as
risadas, choros, despedidas, apertos no peito, saudade, nada te marcou tanto ao
ponto de não desistir de nós? Eu sempre soube que um dia seu passado retornaria
para estragar nosso presente. Eu só quero que você saiba que hoje enterro todas
essas lembranças com o coração doendo. Uma dor que queria que você sentisse,
não para ver o que é “bom”, mas para você compreender.
Eu enterro
tudo isso, porque meus sentimentos são como papel: uma vez que você amassou,
ele não voltará a ser o que era antes. Nunca mais. Cada amassado, cada
distorção marcará pra sempre as lembranças daquilo que foi um dia. Será
incômodo, doloroso. Por isso, adeus.
Como você disse, era pra ser eterno enquanto durasse. Porém a eternidade não
pertence a nós e, por isso, o que tivemos não passou de um mal entendido. Eu
não era o que você procurava. Você não era o que eu queria. Ambos almejavam
aquilo que perderam por causa da distancia. Tivemos foi o azar de estarmos na
mesma hora e no mesmo lugar, sentindo a mesma coisa. Então aconteceu o acaso, que
foi mal interpretado: carência somada à saudade, virou o que chamávamos de
“nós”.
Porém, como um
sábio uma vez disse “casais que vivem de passado não têm futuro”, e mais uma
vez, esses sábios acertaram. Cansei de procurar migalhas de sentimento em suas
atitudes, de tolerar coisas que antes eram intoleráveis pra mim. Sei que fui
amarga muitas vezes e você sempre perguntava se havia feito algo: bingo!
Chegamos onde eu queria. Fico assim por coisas que você não fez. Um gesto que
mostre que eu sou importante pra você, um abraço espontâneo, uma palavra
sincera. Cheguei a pensar que você não gostasse de demonstrar sentimentos, como
se isso fosse uma fraqueza. Mas não precisou muito tempo pra eu também perceber
que não tem como se demonstrar algo que não se sente. É isso, você nunca sentiu
nada. Caso contrário, suas palavras vazias seriam confirmadas através dos seus
gestos. Que nada! Seus gestos as dilaceram, destroem o pouco de poesia que
havia nas suas falas e o resto de esperança que eu tinha que déssemos certo.
Não posso pedir de você algo que você não é, por isso hoje enterro o nosso
passado para procurar o que eu realmente queria o futuro e confundi com você.
Hoje,
transformo esse nós em “eu e você”, com a certeza de que estou fazendo o
melhor. Para mim. Porque você já pensou no que era melhor para si quando
escancarou as portas do seu passado. Me perdi em meio à suas inconstâncias,
porque sou certeza. E por essa certeza que hoje digo adeus.
Excelencia seria uma palavra que pouco definiria seus textos, talento, um dom, talvez explicasse melhor estas obras, PARABENS por sua habilidade tão dificil de encontrar na atualidade.
ResponderExcluirOlá amor, estou aqui pra te avisar que as votações do concurso de blog que você esta participando já começaram!
ResponderExcluirBeijos
http://adoravelestupidez.blogspot.com.br/