Ao deturpante modo adolescente de julgar as coisas, a inteligência é aquela característica que querem preocupar-se em adquirir amanhã, na hora da prova, ou quem sabe na hora que necessitarem de um emprego para sobreviver. Antes disso, a preocupação, e as vezes, até objetivo de vida que possuem é encaixar-se nos padrões de beleza impostos pela mídia e destacarem-se na sociedade por terem o corpo que todos pediram a Deus.
Mas como tudo na vida, beleza um dia acaba. E nesta hora, a necessidade de adquirir conhecimento vai falar mais alto. Cada vez mais as pessoas lotam academias em busca das medidas perfeitas. Mas por trás desta obsessão doentia, existe algo fundamental e que foi perdido com o passar do tempo, que é a sede pelo conhecimento, a necessidade de estar por dentro de assuntos da atualidade, algo que constantemente é cobrado e que ninguém dá importância. É aquilo que nos faz admirar realmente uma pessoa, que faz a mesma destacar-se pelo que ela realmente é, pelas opiniões que ela possui. Os inteligentes são subestimados. Tudo porque existe algo que decreta que o padrão de beleza do século XXI, é aquele que todos querem e ninguém sabe exatamente o que ele é. Loiro e magro? Ruivo? Cabelos coloridos? Ninguém sabe. O conhecimento não envelhece, nem cria rugas. Pelo contrário, ele é o único bem que se adquire e não se perde. Sem contar que pode ser compartilhado, estudado e aprimorado, sem custo algum e com muitas vantagens.
Mas, como a expressão latina já dizia, "Mens sana in corpore sano" (Mente sã em um corpo são), devemos encontrar um equilíbro entre as duas coisas. Não é preciso passar horas lendo para adquirir conhecimento, porque isto resultará justamente no contrário, não absorveríamos nada de interessante. Também não é preciso malhar como se nao houvesse amanhã (porque no amanhã se você conseguir levantar da cama vai ser muita sorte). Vamos achar o ponto de equilíbrio entre a beleza física e a beleza da mente, e então seremos felizes.
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