Em meio a desamores, desavenças, desculpas e desânimo. Des. O céu
pintou-se de rosa claro e o sol se pôs. Dia comum, tal dia aquele que o céu
mudaria de cor e os pássaros não mais cantariam para si. Despejar alegrias
infinitas num fim de tarde, acompanhado daquele que sempre te espera para uma
caminhada. Dias mórbidos tem sido assim: em meio a bocejos longos e infinitas
frases perdidas, onde tanta gente a cerca e mesmo assim a solidão insiste em
intervir naquele dia comum. Tão seca quanto as folhas que caem no outono,
lembra todos os dias aquela frase proferida por alguém de muito apreço em uma
noite de setembro. Sente falta do que não queria, do que não sentia e pior: do
que não vivia. O arrependimento é a fonte de seus pensamentos e tudo que sente
vai pro lixo, junto com as lembranças, que se tornaram tão pequenas com o
passar dos dias. Excesso de informação, de pessoas e soluções. Todos parecem
tão utópicos e egoístas. Querem se fazer ouvir, mas para isso ignoram o outro
que a seu lado grita por um abraço de consolo. Eis o mundo em que vive. Agonia
tornou-se normal, houve pane, por desleixo ou não, há muito deixou de se importar.
O que queria mesmo era fechar os olhos e sonhar como nunca fizera, deixar-se
abater por aqueles que a cercam, de forma positiva. Sabe que alguém se importa,
mas não deixa isso tomar conta, afinal, utopias não são para si. Calou-se por
um instante, e por fim percebeu-se. O que sente ainda não tem nome. Toma conta
e dissipa parte por parte de seu ser. Talvez assim, um dia, torne-se incomum.
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