Tornei-me faísca em meio aquoso. Grito de raiva no emudecer
de um sonho. Gota de água para apagar a fogueira. Chuva no oceano. Uma palha no
palheiro.
Sumi dentro de mim, perdi-me no meu caminho e entrei no
labirinto de um grito pelo meu nome.
Lágrimas choram para dentro, porque meu
pranto também já não se faz ouvir. Rio para mim, porque é melhor do que chorar
em vão.
Engraçado é deixar de existir mesmo quando sinto que ainda
vivo. Incômodo é saber que sou vista sem ser percebida.
Vivo hoje com meu reflexo no espelho dizendo-me que não
existo nele.
Não reflito. Respiro. Não mais.
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