Para alguns, é
o que salva. Para outros, é o fim, o desmoronamento, o temido – e famoso – ponto final. E sim, mais uma vez
falo de relacionamentos. Talvez esteja ficando clichê, ou quem sabe sempre
fui. A questão é que atualmente, as boas
oportunidades sempre estão longe de nós (ou nós que não enxergamos as que estão
perto?) e muitas vezes temos que deixar para trás algo que passamos boa parte
de nossas vidas construindo, ou então deixar pessoas que foram importantes em
nossas vidas tanto quanto uma boa casa ou um bom emprego. Temos que fazer
escolhas e decidir o que pra nós é mais prioritário.
Revistas e
jornais estampam suas capas com fotos de casais com aparente felicidade,
alegando que a temida distância só fez aumentar o sentimento. E a saudade. É aí
que a inescrupulosa saudade resolve dar as caras. Quem foi que chamou? Temida
por muitos, é tida com vilã dos relacionamentos modernos (posso chamar assim?
Ou será que a palavra “relacionamento” é muito forte para a atração física de
hoje?). Distância não lembra só saudade. Remete diretamente à confiança, uma
palavra tão esquecida que às vezes penso que deveria sair do dicionário, já que
de nossas vidas já despediu-se há muito tempo.
Como diz a
diva Beyoncé à Lady GaGa, no clipe de “Telephone” (o qual por sinal os fãs
ainda esperam sentados por uma continuação): “Confiança é como
um espelho. Você pode consertar se ele quebrar”. E então GaGa
prontamente responde: “Mas você continua a ver a rachadura no maldito”. Essa
rachadura já não tem mais conserto, porém sempre tem os bons samaritanos que
insistem em tentar consertar o que obviamente já ultrapassou a data de validade
há muito tempo. Nada mais será como antes, porque afinal, muitas vezes a
confiança já está abalada.
No que
acreditar, cada um decide por si. Quando se assume a responsabilidade de um
relacionamento à distância deve-se estar ciente de todos os riscos que corre e
de todas as coisas que o envolvem (além da confiança). Que não é fácil, todos
sabem, mas se passarmos a enxergar pelo lado bom, a distância pode deixar de
ser a vilã e tornar-se um bom motivo para unir mais ainda duas pessoas que se
gostam e se importam uma com a outra. Afinal, quem realmente se gosta não tá
nem aí pra quem pensa que é loucura ou coisa de outro mundo e ainda faz de tudo
para dar certo. Nesse mundo tão pequeno, quem disse que um dia a chance de um
reencontro não é cogitada? A verdade é que não importa os quilômetros, milhas
ou oceanos. Importa é querer saber se aquela pessoa continua a acordar cedo pra
fazer a caminhada, se ainda odeia ketchup, ou se ainda dobra as camisetas de
uma maneira engraçada e sentir falta de todas essas coisas mesquinhas. O resto?
É só detalhe.
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